domingo, 7 de março de 2010

Tema adulto chega mais cedo à infância

SANDRA ROCHA

Violência, consumo de drogas, traições conjugais, vaidade excessiva, relacionamentos baseados no sexo. Os atos são comuns longe das câmeras, mas o foco dado a eles pelos programas televisivos ou pela internet tem atropelado a formação de crianças e adolescentes, uma constatação confirmada por especialistas. O diálogo familiar e ações públicas que possam facilitar o entrosamento no lar são vistos como as respostas mais adequadas.

A opinião comum entre os psicólogos é que as crianças estão tendo contato cada vez mais cedo com situações do universo adulto. Também é consensual o entendimento de que elas absorvem o que veem, ouvem ou leem e têm a curiosidade ainda mais aguçada quando o assunto é proibido. A psicóloga Giseli Veiga diz que a influência sobre a população infantil é fatal, como o é para jovens e adultos. A diferença é que a criança ainda não tem discernimento para saber o que é certo e o que é errado, podendo reproduzir mais facilmente o indesejável.

Segundo a especialista, na fase infantil, a imitação é quase automática, natural. Na adolescência, ela também é comum, mas o adolescente escolhe o que tem a ver com a busca de uma identidade. 'O adolescente quer se inserir num grupo. Surgem as tribos e ele copia algo que acredita.' Na hora de definir o que é certo e errado, ajuda saber a faixa etária a que se destina determinada programação, jogo, filme ou brincadeira. Para uma criança, a opção deve ser pelo que estimule a coordenação motora e o raciocínio, diz a especialista.

Texto original em http://www.orm.com.br/oliberal/ em: 01.03.2010 Jornal “O Liberal” (28.02.2010) Caderno: Atualidade

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