terça-feira, 26 de julho de 2016

Por que na missa não se diz "amém" no final do Pai Nosso?



Se o correto é terminar as orações com o “amém”, por que no Pai-Nosso da missa isso não acontece?
A palavra “amém”, um dos vocábulos mais utilizados pelos cristãos, é dificilmente traduzível em seu sentido mais profundo (por isso é mantida em hebraico, o idioma original), e utilizada sempre em relação a Deus.
Pronunciar esta palavra é proclamar que se tem por verdadeiro o que se acaba de dizer, com o objetivo de ratificar uma proposição, unir-se a ela ou a uma oração.
Por isso, expressar em forma grupal no âmbito do serviço divino ou ofício religioso também significa “estar de acordo” com o que foi dito.
A palavra “amém” é utilizada para concluir as orações. No entanto, a oração por excelência, o Pai-Nosso, quando rezado dentro da missa, não é acompanhado pelo “amém” no final. Fora da missa, o “amém” é dito normalmente.
Cabe ressaltar que o Pai-Nosso é a única oração da Igreja que está integrada na liturgia da missa.
Mas qual é a explicação para a ausência do “amém” no Pai-Nosso da missa? É simples: não se diz “amém” porque a oração ainda não terminou.
Depois de todos rezarem o Pai-Nosso até o “… mas livrai-nos do mal”, ao invés de dizer “amém”, o sacerdote continua a oração sozinho. A liturgia chama isso de “embolismo”, ou seja, essa oração que o padre reza sozinho é uma oração que recolhe e desenvolve a oração precedente.
O sacerdote desenvolve a última petição do Pai-Nosso (“livrai-nos do mal”) dizendo:
“Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.”
E o povo responde com uma aclamação muito antiga, cuja origem se perde nos primeiros séculos da história da Igreja:
“Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre!”
Assim, o Pai-Nosso fica totalmente integrado à liturgia eucarística, não como um acréscimo, mas como parte fundamental dela.

 

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Antes de compartilhar


Reportagem de Heloisa Cristaldo (Repórter da Agência Brasil): (Parte II)

Pense antes de compartilhar

O psicólogo é enfático: o jovem deve pensar antes de compartilhar imagens ou conteúdo. “Quando você for compartilhar, publicar, tente pensar um pouco mais do que [apenas] no momento, porque as consequências são muito importantes”, alerta.
“O que surpreende nos 'nativos digitais' é que a gente supõe que eles são muito habilitados. Uma coisa é o tempo de uso e outra coisa é a capacidade crítica, de reflexão, de fazer escolhas conscientes, e ninguém aprende sozinho só porque nasceu nesta era digital. Isso exige uma conversa sobre cidadania com pais, familiares. A gente vê adolescente expondo comentários racistas, homofóbicos e se arrependem. Tente a reflexão antes do clique”,  disse Rodrigo Nejm.
Para a procuradora regional da República Neide Cardoso, coordenadora nacional do grupo de trabalho de enfrentamento aos crimes cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF), outro aspecto que desperta preocupação das autoridades é a exposição voluntária de informações pessoais dos jovens. “Hoje as pessoas colocam a vida toda nas redes sociais. Ali o aliciador, além de visualizar as fotos, também tem informação da pessoa – seja da escola, do local, às vezes mostra residência. São imagens que acabam identificando”, afirmou.
Preocupado com aumento da criminalidade incentivado pela insegurança da rede, o MPF criou o Projeto Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas. A iniciativa leva informação sobre o uso seguro e responsável da internet para professores da rede pública e privada de ensino, e já percorreu 12 capitais brasileiras. De acordo com o órgão, os principais riscos são o aliciamento online; a difusão de imagens pornográficas de crianças ou adolescentes e o ciberbullying.
Segundo a procuradora, os pais devem sempre acompanhar o que seus filhos estão fazendo na internet. “A própria criança acaba dando algum sinal. Quando o pai está se aproximando, desliga o computador, muda a tela, isso é um sinal de que alguma coisa está acontecendo. Sempre acompanhar e orientar a criança nesse aspecto: evitar contato com quem não conheça, evitar se expor com fotos que identifiquem família, escola”, orienta.
Neide Cardoso orienta ainda que jovens evitem se relacionar com pessoas com quem nunca tiveram contato presencial. “[O adolescente] nunca vai saber se quem está do outro lado é uma pessoa da idade dela. Normalmente, o aliciador de menor sabe ter o mesmo nível de conversa de uma criança que ele quer iludir. Assim como adultos sofrem crimes de estelionato na internet, fica muito mais difícil para uma criança ou adolescente perceber essa situação”.
“Os adolescentes têm muito a ideia de que não vão ser pegos, que pode fazer o que quiser na internet que as autoridades não vão conseguir identificá-los, e nós, a partir de qualquer denúncia, temos sempre como identificar o agressor. O que é mais difícil para nós é justamente chegar à denúncia”. A procuradora ressalta que o pai ou responsável pelo adolescente que pratica um ato infracional pode ser responsabilizado por danos morais em relação à vítima.

Pagamento do funcionalismo



O Governo do Estado assegura o pagamento do funcionalismo em dia, para os cerca de 150 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas, a partir da segunda-feira, 25. 

Confira o calendário completo:

25.07 - Inativos militares e pensionistas.

26.07 - Inativos civis e pensões especiais/Sead.

27.07 - Auditoria geral, Casa Civil, Casa Militar, Defensoria Pública, Gabinete da Vice-governadoria, Procuradoria Geral, Sedap, Sectet, Sead, Sefa, Seplan, Semas, Secult, Seel, Sedeme, Sejudh, Sedop, Sespa, Seaster, Setran, Secom e Setur, NGTM, NEPMV, NGPR e NAC.

28.07 - Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Segup, Adepará, Arcon, Asipag, Codec, Ceasa, Cohab, CPC/Renato Chaves, Detran, EGPA, Emater, FCG, FCP, Fasepa, Funtelpa, Fapespa, Hospital de Clinicas, Hospital Ophir Loyola, Hemopa, Imetropara, Iasep, Igeprev, IOE, Iterpa, Jucepa, Prodepa, Santa Casa, Susipe, UEPA, Ideflor-Bio, CPH e Fundação Pro Paz.

29.07 - Seduc (capital e interior).

Fonte: Portal do servidor

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Adolescente e a internet



Após ler a reportagem de Heloisa Cristaldo (Repórter da Agência Brasil) resolvi divulgá-la. 

Adolescentes e a internet: como navegar na rede com segurança (Parte I)


A tecnologia que conecta pessoas por meio da internet e suas redes sociais pode causar dor de cabeça aos pais, professores e pedagogos. Episódios envolvendo bullying virtual, difamação e a vingança erótica, conhecida como sexting, tem ganhado espaço entre os jovens e adolescentes.

De acordo com o psicólogo e pesquisador da Universidade Federal da Bahia Rodrigo Nejm, diretor de Educação da Organização não Governamental (ONG) SaferNet, o vazamento de conteúdo íntimo tem superado, em volume, casos registrados em comparação aos episódios de cyberbullying, nos últimos dois anos.

A tecnologia que conecta pessoas por meio da internet e suas redes sociais pode causar dor de cabeça aos pais, professores e pedagogos. “O fato é que os adolescentes se apropriam da internet com uma sensação de poder e anonimato, com que aquilo está fazendo está protegido, que não tem consequências. É muito enigmático, pois mesmo que conheçam o perigo, na hora da brincadeira, do namoro, se expõem muito mais a essas situações na rede”.

A ONG registrou, no ano passado, 322 atendimentos em seu canal de ajuda sobre situações envolvendo o chamado sexting, quando jovens e adolescentes trocam imagens de si mesmos (com pouca roupa ou nus) e mensagens de texto eróticas.  Com relação ao ciberbullying, a SaferNet registrou 265 pedidos de ajuda. Em 2014, a SaferNet computou 224 atendimentos por sexting e 177 por ciberbullying. Para o especialista, os números são pequenos diante da realidade, mas expressam um “termômetro” da atual realidade do país.

A facilidade de acesso à internet, a sensação de segurança provocada pelo uso do celular pessoal, a erotização precoce e a falta de instrução sobre educação sexual estão entre os fatores apontados pelo psicólogo para o aumento dos casos de sexting.

Com o aumento do uso da internet por adolescentes, o compartilhamento de fotos íntimas se tornou um perigo para muitos jovens que não medem os riscos dessa exposição. “Crianças acessam a internet pelo celular, essa sensação de segurança fez com que as pessoas se sentissem mais à vontade para compartilhar conteúdo íntimo. Atualmente já não há mais o obstáculo da lan house ou o computador que era compartilhado por várias pessoas em casa. Além disso, há uma cultura de superexposição e erotização precoce da infância que estimula ainda mais essa situação. O tabu sexual ainda é muito grande e nessa fase de experimentação, o adolescente está 'fazendo e acontecendo' na internet com o calor do momento”, analisa Rodrigo Nejm.

Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apontam que 81,5 milhões de brasileiros com mais de 10 anos de idade acessam a internet pelo celular. O número representa 47% dessa parcela da população, de acordo com as entrevistas feitas em 19,2 mil domicílios entre outubro de 2014 e março de 2015.


Fonte:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/adolescentes-os-riscos-do-uso-execessivo-da-internet