Cuide do seu fígado
Ele sofre silencioso,
aguenta as consequências dos exageros da gula e do álcool e quando dá algum
sinal é o aviso para cuidar da saúde e repensar o estilo de vida. Estamos
falando do fígado, o principal e maior órgão interno que, entre suas muitas
funções, é responsável por processar os alimentos após sua absorção no
intestino, por regular o metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras que
ingerimos, pela síntese e metabolismo do colesterol e alguns hormônios, além da
metabolização dos medicamentos e depuração de produtos tóxicos aos quais o
organismo está frequentemente exposto.
DOENÇAS HEPÁTICAS
Além das hepatites virais,
outros graves problemas podem atingir o fígado como as hepatites alcoólicas e
medicamentosas, esteatose hepática, doenças genéticas (como hemocromatose,
caracterizada por excesso de ferro, e Doença de Wilson, excesso de cobre) e
autoimunes. E o pior é que geralmente as doenças evoluem sem apresentar nenhum
sintoma. "Icterícia, o popular amarelão, e sintoma de lesão aguda ocorrem
em fases mais avançadas em conjunto com a ascite (barriga d`água) e
predisposição a hemorragias.
Segundo estimativas da OMS, em média de 2% a 3% das pessoas têm algum dos seis tipos existentes de hepatites (A, B, C, D, E e G). A do tipo C, para a qual ainda não há vacina, é considerada hoje um problema de saúde pública no mundo. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para cerca de 200 milhões de pessoas infectadas com o vírus da hepatite C (no Brasil, calcula-se três milhões) e 300 milhões de portadores de hepatite B crônica. Boa parte desconhece ser portador do vírus, já que a doença evolui silenciosamente.
Segundo estimativas da OMS, em média de 2% a 3% das pessoas têm algum dos seis tipos existentes de hepatites (A, B, C, D, E e G). A do tipo C, para a qual ainda não há vacina, é considerada hoje um problema de saúde pública no mundo. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para cerca de 200 milhões de pessoas infectadas com o vírus da hepatite C (no Brasil, calcula-se três milhões) e 300 milhões de portadores de hepatite B crônica. Boa parte desconhece ser portador do vírus, já que a doença evolui silenciosamente.
SINAIS DE RISCOS
Alguns sinais e sintomas
podem indicar a ocorrência de lesão hepática: icterícia (coloração amarelada da
pele e olhos); urina escura e fezes esbranquiçadas; dor e inchaço abdominais;
hematomas cutâneos e sangramento digestivo; fadiga crônica, náusea e perda de
apetite.
COMO SE PROTEGER
Evite consumo
desnecessário de medicamentos e não misture remédios sem escutar o médico;
evite consumo de drogas (além da dependência química e psicológica, drogas como
cocaína, ecstasy e solventes são tóxicos para o fígado); evite consumo abusivo
de bebidas alcoólicas; não misture medicamentos com álcool; evite se expor e
inalar solventes; utilize máscaras em caso de exposição prolongada a
inseticidas, tintas e combustíveis e luvas para manipular esses produtos, que
podem ser absorvidos pela pele; utilize preservativos nas relações sexuais; não
compartilhe material de manicure e de barbear; adote uma alimentação saudável e
balanceada, evitando gorduras e alimentos ricos em colesterol e ingerindo doces
com moderação. Certifique-se da procedência de alimentos como ostras e
mariscos, que podem ser contaminados com o vírus da hepatite A.
Em caso de diabetes, é
importante manter a glicemia dentro dos parâmetros recomendados pelo seu
médico. A manutenção do peso é fundamental, já que a obesidade é uma das
principais causas de dano hepático. Faça atividade física regular e, se estiver
fazendo dieta para emagrecer, assegure-se da ingestão de vitaminas e sais
minerais de que seu organismo necessita.
PREVENÇÕES E TRATAMENTOS
A hepatite B pode ser
prevenida através de vacinação. Já para o tipo C, transmitida principalmente
através de sangue contaminado, não há vacina e o melhor é evitar procedimentos
de risco (tatuagem, piercing, uso comum de aparelhos de manicure, barbear,
seringas). O vírus da hepatite C sobrevive no meio ambiente por até 72 horas e,
o do tipo B, por uma semana.
GORDURA NO FÍGADO
A esteatose ou
esteato-hepatite, conhecida popularmente como gordura no fígado, é uma doença
silenciosa que atinge pessoas obesas, com colesterol ou triglicérides elevados
ou com diabetes. O acúmulo de gordura no fígado, mesmo sem ingestão alcoólica,
pode causar cirrose e, em alguns casos, até mesmo câncer de fígado. "Mas é
potencialmente reversível, se suas causas forem diagnosticadas e corrigidas",
esclarece o médico João Galizzi Filho, presidente da Sociedade Brasileira de
Hepatologia.
Segundo ele, esta é a alteração no fígado mais freqüente em todo o mundo, ocorrendo em crianças e adultos. "Sabe-se que a esteatose acomete crianças acima dos 10 anos de idade, como também adultos situados na faixa etária entre 20 e 60 anos. O sexo feminino é o mais comprometido (de 60 a 80%) e mulheres diabéticas com idade superior a 50 anos teriam um maior risco de desenvolver a doença".
"Os tratamentos indicados para este tipo de doença são a perda de peso a partir de uma dieta elaborada, os exercícios físicos regulares e moderados e, se necessário, correção dos níveis da glicose (se há diabetes), colesterol e triglicérides com a ajuda de medicamentos", recomenda o médico.
Segundo ele, esta é a alteração no fígado mais freqüente em todo o mundo, ocorrendo em crianças e adultos. "Sabe-se que a esteatose acomete crianças acima dos 10 anos de idade, como também adultos situados na faixa etária entre 20 e 60 anos. O sexo feminino é o mais comprometido (de 60 a 80%) e mulheres diabéticas com idade superior a 50 anos teriam um maior risco de desenvolver a doença".
"Os tratamentos indicados para este tipo de doença são a perda de peso a partir de uma dieta elaborada, os exercícios físicos regulares e moderados e, se necessário, correção dos níveis da glicose (se há diabetes), colesterol e triglicérides com a ajuda de medicamentos", recomenda o médico.
MITOS E VERDADES
Dor de cabeça não é
sintoma de dano hepático. Na maioria das vezes trata-se de quadro de enxaqueca.
Os sintomas atribuídos ao
fígado são, geralmente, decorrentes de doenças gástricas ou esofágicas.
Medicamentos "hepatoprotetores" (daqueles que costumam ser tomados depois de uns goles a mais ou exagero na comida) não possuem respaldo científico, bem como os chás de ervas medicinais.
Medicamentos "hepatoprotetores" (daqueles que costumam ser tomados depois de uns goles a mais ou exagero na comida) não possuem respaldo científico, bem como os chás de ervas medicinais.
Fonte: http://www.jornaldaorla.com.br (via e.mail: Suze Tavares)
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