quarta-feira, 18 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
InspirArt
O Telefone
Por: Itamar Araujo Dantas
O dia amanheceu chuvoso, mas não era problema para nós porque não estávamos preocupados com que acontecia lá fora. Nosso pensamento, girando em torno do telefone, procurava fazê-lo tocar pondo fim a toda expectativa que nos envolvia. Porém, como que desafiando a nossa vontade e paciência, ele (o telefone) insistia em permanecer desligado de nós, não nos dando qualquer explicação para seu silêncio tedioso. Ele, neste momento, não lembra de que nós pagamos pela vida dele. Ingrato, dizíamos mudos. Cheguei mais perto dele, toquei em seu corpo, e ameacei espancá-lo se dentro de um minuto ele não largasse seu tedioso silêncio e me chamasse.
"Gostaria que você ficasse quieto". Essa era a frase preferida de minha mãe quando eu esperava, impacientemente, por um telefonema que custava a chegar. Mas, memo assim, não adiantava esta lembrança que sempre me confortava, porque se eu me acalmava os outros mostravam todo o nervosismo que imperava em nossa sala diante do, inescrupuloso, telefone que insistia em nos irritar.
Dessa forma não me contive, peguei o desgraçado e o forcei a falar. Que emoção me trouxe a sua voz, porque do outro lado soube que meu filho nascera. E lá fora fazia uma belíssima tarde chuvosa.
Publicada em VII Antologia de poetas e escritores do Brasil. 1992. Grupo Brasília de Comunicação.
domingo, 8 de agosto de 2010
Com a Palavra...
POLÍCIA JUDICIÁRIA (Problemas tópicos – Soluções implícitas)
Por: Líbero Penello de Carvalho Filho
A solução dos problemas policiais está vinculada à solução de grande parte dos problemas da segurança pública. Os meios legislativos existem: propostas de emenda constitucional, sem necessidade de nova constituinte originária.
Os meios corporativos também existem: concursos, qualificação de pessoal, valorização de Delegado como carreira jurídica, valorização do intelecto, estabelecimento de políticas publicas abrangentes e eficientes, maior mobilização da classe, não sujeição a pressões políticas e autonomia funcional são alguns caminhos a seguir.
Afinal, quem quer ser considerado operador do Direito, com os mesmos benefícios e salários do Ministério público ou do Judiciário, tem que possuir o mesmo preparo, conhecimento jurídico, vestir-se do mesmo modo, portar-se, falar, ter acesso a mesma qualidade de instalações e serviços, enfim, o mesmo grau de respeitabilidade.
Os meios corporativos também existem: concursos, qualificação de pessoal, valorização de Delegado como carreira jurídica, valorização do intelecto, estabelecimento de políticas publicas abrangentes e eficientes, maior mobilização da classe, não sujeição a pressões políticas e autonomia funcional são alguns caminhos a seguir.
Afinal, quem quer ser considerado operador do Direito, com os mesmos benefícios e salários do Ministério público ou do Judiciário, tem que possuir o mesmo preparo, conhecimento jurídico, vestir-se do mesmo modo, portar-se, falar, ter acesso a mesma qualidade de instalações e serviços, enfim, o mesmo grau de respeitabilidade.
Texto completo: Revista Jurídica Consulex, nº 322, junho 2010.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Tá no Jornal
O esporte perdeu
Ao deixar de ser competitivo, o piloto de Fórmula 1 Felipe Massa abala a autoestima nacional e decepciona milhões de fãs, chocados com a ideia de que a gana pela disputa pode ser derrotada por um contrato milionário.
"O instrumento mais importante da vida coletiva é o exemplo" diz o sociólogo Murad. Os heróis, estejam eles nos campos esportivo, político ou cultural, são símbolos para as pessoas. "Quando dão mau exemplo, o povo vê destruídas suas referências coletivas. No outro extremo, podem mudar a história de uma nação, como fez Nelson Mandela na África do Sul".
Ao deixar de ser competitivo, o piloto de Fórmula 1 Felipe Massa abala a autoestima nacional e decepciona milhões de fãs, chocados com a ideia de que a gana pela disputa pode ser derrotada por um contrato milionário.
"O instrumento mais importante da vida coletiva é o exemplo" diz o sociólogo Murad. Os heróis, estejam eles nos campos esportivo, político ou cultural, são símbolos para as pessoas. "Quando dão mau exemplo, o povo vê destruídas suas referências coletivas. No outro extremo, podem mudar a história de uma nação, como fez Nelson Mandela na África do Sul".
Fonte: Revista IstoÉ, nº 2125 (Rodrigo Cardoso e João Loes). Texto completo pag. 78.
Opinião: O fato de cumprir ordem sem avaliar as suas consequências, são comuns em nosso dia-a-dia, e os prejuízos certamente atingirão a imagem como no caso de Felipe Massa.
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